Inúmeras pesquisas foram feitas para avaliar os efeitos do estresse sobre a saúde do coração, no entanto, na maioria das vezes são avaliados os efeitos indiretos dos problemas psiquiátricos sobre o estilo de vida e suas repercussões sobre os níveis de colesterol.
Um estudo, publicado em 2013, encontrou uma ligação entre níveis elevados de colesterol mais longo prazo e estresse no trabalho. Concluiu que o colesterol elevado foi decorrente de estresse crônico no trabalho. Assim, em vez de se atribuir aos efeitos da dieta ou da falta de exercício, os autores afirmaram que se tratava de um efeito biológico direto. A explicação é que estresse crônico de longo prazo, pode aumentar os níveis do hormônio cortisol e causar todas as modificações daí decorrentes como aumentar o apetite, a quantidade de gordura em torno do estômago e o peso.
Outro estudo com 2.850 pessoas também sugeriu uma ligação a longo prazo, dos níveis de proteína C-reativa, marcador de processo inflamatório com ansiedade e depressão. Os autores supõem que as pessoas com transtornos psiquiátricos podem ter os níveis lipídicos elevados além, de obesidade devido a um efeito inflamatório crônico.
O corpo tem uma resposta imediata bem conhecida ao stress: aumento da frequência cardíaca, da frequência respiratória, elevação da pressão arterial. Há liberação de os hormônios como epinefrina e norepinefrina, com o estimulo também, há liberação de glicose para os músculos e ácidos graxos para aumentar a energia disponível. Os níveis de colesterol podem subir por haver ácidos graxos livres não utilizados. Assim, a resposta de curto prazo do organismo ao estresse envolve elevado nível de colesterol.
Um estudo mostrou que os picos de elevação do colesterol, em situações de estresse, não era completamente reversível, alguns casos os valores aumentados de colesterol permaneceram.
O stress já é conhecido para produzir outros efeitos, como confirmado em estudo publicado em 2013, no Journal of the American College of Cardiology. Os pesquisadores avaliaram a presença de isquemia cardíaca em 310 pessoas com doença coronariana estável. Cerca de metade dos participantes colocados sob estresse mental mostrou isquemia cardíaca em resposta a um estimulo de estresse.
Da mesma forma sabe-se que estresse pode aumentar o risco de desenvolver doença cardíaca. Pesquisadores consideram que outros fatores de estresse como problemas sexuais, casamento, trabalho e dificuldades familiares podem influenciar problemas cardíacos.
O efeito de níveis elevados de colesterol nas paredes de suas artérias faz com que se tornem menos elástica, de modo que os vasos sanguíneos são menos capazes de se dilatar em resposta ao estresse.
O estresse pode também aumentar os níveis de colesterol indiretamente devido a outros fatores como:
- Dieta pouco saudável. Estudos têm mostrado que as pessoas sob estresse tendem a comer menos saudável. Eles podem ser mais susceptíveis de aumentar a sua ingestão de álcool, também.
- Sedentarismo afeta diretamente os níveis de colesterol. Se o estresse reduz a quantidade de atividade física, os níveis de colesterol aumentará.
A relação do estresse com a saúde global do coração devido aos efeitos de estilo de vida pouco saudável já e bem conhecida. Agora está se voltando a atenção sobre os efeitos diretos do stress e doença coronariana.
Fonte:
By Markus MacGill, Reviewed by Suzanne Falck, MD, September 2016
http://www.medicalnewstoday.com/articles/313207.php
The impact of stress systems and lifestyle on dyslipidemia and obesity in anxiety and depression. Van Reedt Dortland AK1, et ali..
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22717171
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